Cartão de crédito: juro atinge 438% ao ano em setembro, maior nível de 2024, mesmo com medida que limita dívida.
Foto: Reprodução/TV Globo.
Alta das taxas do rotativo e do cheque especial acontece em meio à elevação da taxa básica da economia, que subiu para 10,75% no mesmo mês. Dados foram divulgados pelo BC.
Os juros médios cobrados pelos bancos nas operações com cartão de crédito rotativo subiram de 426,9% ao ano, em agosto, para 438,4% ao ano em setembro, informou o Banco Central nesta quarta-feira (30).
Esse é o maior patamar desde dezembro de 2023 (442,1% ao ano).
O aumento de 11,5 pontos percentuais em setembro aconteceu apesar de o Conselho Monetário Nacional (CMN) ter limitado, desde janeiro deste ano, o valor total da dívida dos clientes no cartão de crédito rotativo. O valor do débito não pode mais exceder 100% da dívida original.
Acima de 400% ao ano, essa é a linha de crédito mais cara do mercado financeiro. O patamar de setembro está 40 vezes acima da taxa básica da economia, que serve de parâmetro para os bancos buscarem recursos no mercado.
O crédito rotativo do cartão de crédito é acionado por quem não pode pagar o valor total da fatura na data do vencimento.
Segundo analistas, essa linha de crédito deve ser evitada. A recomendação é que os clientes bancários paguem todo o valor da fatura mensalmente.
No cheque especial das pessoas físicas, a taxa subiu de 132,9% ao ano, em agosto, para 137,1% ao ano em setembro de 2024. Este é maior nível desde janeiro de 2020 (140,8% ao ano).
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