O estado do Piauí deu um passo importante ao exportar mel pela primeira vez para o Japão, abrindo caminho para uma expansão mais ampla no mercado internacional. Veja o que isso significa com base em informações recentes e bem recentes:
Exportação pioneira para o Japão
Em março de 2025, a Cooperativa Mista dos Apicultores da Microrregião de Simplício Mendes (Comapi) exportou 600 kg de mel ao Japão, sua primeira remessa ao exigente mercado asiático. Essa operação foi possível graças à parceria com a Polvo Lab, que intermediou a venda para uma rede de cafeterias em Tóquio, com distribuição prevista para começar em agosto de 2025.
Ainda em 2024, o estado já havia exportado 10 toneladas de cera de carnaúba para o porto de Kobe, uma transação industrial significativa, deslocando algo como cerca de R$ 6 milhões. Esse marco reflete a capacidade do Piauí em atender mercados exigentes e diversificados.
Panorama das exportações do Piauí
O crescimento recorde em 2024: O estado bateu novo recorde ao exportar 3,7 milhões de toneladas, com superávit comercial de cerca de US$ 1,12 bilhão.
As exportações somaram aproximadamente R$ 8,506 bilhões (cerca de US$ 1,397 bilhão), com destaque para a soja, que representou 82% do valor total (US$ 1,15 bilhão).
Produtos-chave: Além da soja, há destaque para milho, farelo de soja, minério de ferro, e mel, além de materiais brutos não comestíveis e óleos animais e vegetais, segundo dados de 2025.
Estratégias para ampliar a atuação internacional
1. Fortalecer e diversificar produtos aptos à exportação.
Aproveitar os bons resultados com mel e cera de carnaúba para explorar outros nichos, especialmente aqueles com apelo sustentável ou de agricultura familiar.
2. Acessar novos mercados além do Japão.
O destaque nos mercados da China, Espanha e Tailândia mostra que existe abertura para expandir exportações do Piauí para outros continentes.
3. Apoio institucional e internacionalização.
Eventos como o “Investe Piauí Day” em Lisboa em 2023 já começaram a promover produtos piauienses na Europa — mel, artesanato, caju, tapeçaria — abrindo portas para novas parcerias.
4. Infraestrutura e logística estratégica.
O Porto Piauí (Luís Correia), uma Zona de Processamento de Exportação (ZPE) em desenvolvimento, soma investimento robusto (pacote de R$ 280 milhões e potencial de dobrar o PIB estadual), e promete melhorar o escoamento de produtos piauíenses para o mundo, incluindo o mel.
Por redação/www.pontaldosertao.com.br
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