O Sistema Único de Saúde (SUS) iniciou, neste mês de agosto, a distribuição gratuita de preservativos texturizados e ultrafinos em postos de saúde de todo o país. A medida faz parte de uma estratégia do Ministério da Saúde para diversificar os métodos de prevenção oferecidos à população e estimular o uso do preservativo entre jovens e adultos.
A ação integra uma política de saúde pública que visa combater o aumento de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), como HIV, sífilis e gonorreia, além de prevenir a gravidez não planejada. Segundo dados recentes da pasta, o uso regular de preservativos tem apresentado queda entre os mais jovens, especialmente nas faixas etárias entre 15 e 29 anos.
“Estamos ouvindo a população e entendendo que a experiência do usuário importa. Quanto mais confortável e agradável for o uso do preservativo, maior a chance de ele ser usado de forma consistente”, afirmou a coordenadora do Departamento de ISTs do Ministério da Saúde, Dra. Ana Paula Ribeiro.
Diversidade e prazer como aliados da prevenção;
As novas camisinhas oferecidas pelo SUS incluem versões com texturas, como pontilhadas e com ranhuras, além de modelos ultrafinos, que prometem maior sensibilidade durante o ato sexual. A ideia, segundo o ministério, é aproximar o preservativo gratuito dos modelos disponíveis no mercado comercial, sem perder a eficácia e a segurança.
“É uma forma de tornar o sexo mais seguro sem abrir mão do prazer”, destacou Ribeiro. A expectativa é que essa diversidade contribua para reduzir as barreiras ao uso do preservativo, como a sensação de desconforto ou a percepção de diminuição da sensibilidade.
Onde encontrar ?
As camisinhas estão disponíveis gratuitamente em unidades básicas de saúde (UBSs), centros de testagem e aconselhamento, além de pontos de distribuição em campanhas públicas e eventos voltados à saúde sexual.
A distribuição também será acompanhada de campanhas de conscientização e educação sexual, com foco em populações mais vulneráveis e jovens em idade escolar.
Repercussão positiva
A novidade foi bem recebida por profissionais de saúde e organizações da sociedade civil. Para a ONG Bem Viver, que atua na prevenção de ISTs em comunidades periféricas, a medida é um passo importante. “A camisinha ainda é a principal ferramenta de prevenção. Quanto mais acessível e atraente ela for, mais vidas serão protegidas”, disse o coordenador da ONG, Leandro Santos.
A ação também vem em resposta a estudos que mostram que cerca de 40% das pessoas que não usam preservativo apontam o desconforto como principal motivo.
Serviço:
Para saber onde retirar os novos preservativos, consulte a UBS mais próxima ou acesse o site oficial do Ministério da Saúde: www.gov.br/saude.
www.pontaldosertao.com.br
Da Redação.
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