Advocacia do Senado Federal protocolou um pedido de prisão preventiva contra o ex-ministro Ciro Gomes.
No último dia 4 de setembro de 2025, a Advocacia do Senado Federal, atuando em defesa da ex-senadora e atual prefeita de Crateús (CE), Janaína Farias (PT), protocolou um pedido de prisão preventiva contra o ex-ministro Ciro Gomes (PDT), no âmbito de uma ação penal eleitoral movida pelo Ministério Público Eleitoral, por violência política de gênero.
Fundamentação do pedido
Os advogados de Janaína Farias destacaram o caráter cumulativo e persistente dos ataques proferidos por Ciro, argumentando que a existência da ação penal em curso não foi suficiente para dissuadi-lo de continuar com as ofensas. No pedido, afirmam que somente medidas cautelares, inclusive a prisão preventiva, são eficazes para assegurar a integridade da vítima e a ordem pública.
Também foram sugeridas medidas alternativas, caso a prisão não seja decretada, como:
comparecimento periódico em juízo,
proibição de contato com a prefeita,
vedação para ofender sua honra,
proibição de aproximar-se a menos de 500 metros.
O que motivou a nova ação
O pedido foi formalizado após novos ataques indiretos de Ciro a Janaína durante uma festa de aniversário do ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio.
Histórico das ações judiciais
Julho de 2024: Ação penal eleitoral original foi aceita pela Justiça. Ciro já havia sido condenado a pagar R$ 52 mil de indenização à prefeita por danos morais devido a falas ofensivas, além de ser proibido de repetir tais ofensas sob pena de multa diária de R$ 30 mil.
Em decisão recente, o juiz da 115ª Zona Eleitoral determinou a abertura de investigação pela Polícia Federal para apurar possível crime de perseguição (stalking), conforme previsto no artigo 147-A do Código Penal.
Defesa de Ciro:
A defesa de Ciro argumenta que suas falas não tinham como alvo Janaína e seriam, na verdade, críticas ao ministro da Educação, Camilo Santana, e parte de análises políticas contextuais. No entanto, a Advocacia do Senado rejeitou essa tese, alegando que Ciro "não nega a materialidade dos fatos" e tenta apenas reinterpretá-los, sem apagar as ofensas que já foram cometidas.
Por redação/www.pontaldosertao.com.br
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