Mais de mil cidades brasileiras não arrecadam o suficiente nem para custear salários de prefeitos e vereadores.
Um levantamento recente revelou que mais de 1.282 municípios do Brasil não conseguem gerar recursos próprios suficientes nem mesmo para custear as despesas básicas da administração pública, como salários de prefeitos, vereadores e servidores.
Esses dados vem de um estudo recente da Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro), divulgado em 18 de setembro de 2025, o estudo usa como base o ano de 2024, e analisou 5.129 municípios, que respondem por cerca de 95% da população brasileira. 
Essas cidades, em sua maioria de pequeno porte e localizadas em regiões do interior, dependem fortemente de repasses federais e estaduais, como o Fundo de Participação dos Municípios (FPM), para manter suas estruturas administrativas em funcionamento. Sem essa ajuda, muitas não teriam condições de honrar sequer a folha de pagamento do poder público local.
Especialistas em finanças públicas apontam que essa situação evidencia a fragilidade econômica de parte significativa do país. Municípios com baixa arrecadação de impostos, somada à falta de atividade produtiva e industrial, tornam-se reféns de transferências externas.
A dependência crônica de repasses, segundo analistas, também levanta debates sobre a sustentabilidade do atual modelo federativo brasileiro. Enquanto grandes cidades concentram arrecadação e investimentos, milhares de pequenos municípios enfrentam dificuldades até mesmo para financiar os serviços públicos mais básicos, como saúde e educação.
A discussão reacende questionamentos sobre a viabilidade administrativa de cidades que, sozinhas, não conseguem manter sua própria máquina pública.
Por redação - Pontal do Sertão. 
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