Protestos contra anistia e PEC da blindagem mobilizam milhares de pessoas em capitais brasileiras.

📷 Foto: Reprodução/Redes Sociais. 

No último domingo (21), manifestações contra a proposta de anistia a políticos e a chamada PEC da Blindagem reuniram mais de 84 mil pessoas apenas nas cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro, segundo estimativas das autoridades locais. Os protestos ocorreram de forma simultânea em diversas capitais e municípios do país, tornando-se uma das maiores mobilizações populares de 2025.

Em São Paulo, a Avenida Paulista foi tomada por cerca de 50 mil manifestantes, de acordo com a Polícia Militar. Faixas e cartazes pediam o fim da anistia e criticavam a PEC da Blindagem, aprovada na Câmara dos Deputados, que restringe a abertura de inquéritos contra parlamentares. Os atos foram marcados por palavras de ordem em defesa da democracia e contra a impunidade.

No Rio de Janeiro, mais de 34 mil pessoas se concentraram na orla de Copacabana, no ápice do protesto chegou a registrar mais de 40 mil pessoas. Vestindo roupas pretas e carregando bandeiras do Brasil, os manifestantes caminharam em direção ao Leme, em um ato pacífico que contou com apresentações artísticas e discursos de juristas, professores e representantes da sociedade civil.

Protestos também foram registrados em Brasília, Belo Horizonte, Recife, Salvador, Porto Alegre e outras capitais, além de cidades de médio porte no interior. Em todos os locais, o tom das manifestações foi semelhante: resistência ao que manifestantes chamaram de tentativa de "blindar políticos de responsabilização" e de "perdoar crimes de corrupção e abuso de poder".

Até o início da noite, não foram registradas ocorrências graves de violência, segundo balanços das polícias militares. Apenas em Salvador houve pequenos confrontos entre manifestantes e forças de segurança, rapidamente contidos.

A mobilização deste domingo deve aumentar a pressão sobre o Senado Federal, que agora analisa a PEC da Blindagem. Parlamentares da oposição e entidades da sociedade civil já sinalizaram que pretendem intensificar as articulações para barrar o avanço da proposta.

Por redação - Pontal do Sertão.

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