Ex-presidente Jair Bolsonaro é preso preventivamente por ordem de Alexandre de Moraes.

📷 Foto: Reprodução. 

Brasília, 22 de novembro de 2025 – O ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL) foi preso preventivamente na manhã deste sábado (22) pela Polícia Federal, por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A medida, segundo a Corte, tem como objetivo garantir a ordem pública e também evitar um possível risco de fuga. 

Contexto da prisão

A prisão de Bolsonaro foi decretada após uma ordem emitida pelo STF. 

A Polícia Federal informou que cumpriu o mandado preventivo e levou Bolsonaro à sua superintendência, onde ele ficará em uma sala reservada para autoridades de alta relevância. A decisão de Moraes ocorre em meio a uma vigília convocada por apoiadores de Bolsonaro — incluindo seu filho Flávio Bolsonaro — em frente ao condomínio onde o ex-presidente cumpria prisão domiciliar. 

Justificativas de Alexandre de Moraes

Moraes apontou “risco de fuga” como uma das motivações para a prisão preventiva. 

Segundo o ministro, houve violação da tornozeleira eletrônica usada por Bolsonaro: “a informação constata a intenção do condenado de romper a tornozeleira eletrônica para garantir êxito em sua fuga.” 

Moraes também afirmou que a possibilidade de o ex-presidente buscar abrigo em embaixadas, especialmente a dos Estados Unidos, foi considerada real, o que reforça a preocupação com a aplicação da lei penal. Além disso, ele justificou a prisão como necessária para “garantia da ordem pública”, diante das mobilizações convocadas por aliados de Bolsonaro. 

Histórico

Bolsonaro estava em prisão domiciliar desde 4 de agosto, sob tornozeleira eletrônica, restrições de contato com diplomatas e proibição de uso de redes sociais, segundo decisões anteriores de Moraes. 

A defesa do ex-presidente havia pedido a conversão da prisão preventiva para domiciliar por motivos de saúde, argumentando que Bolsonaro tem doenças crônicas que exigem acompanhamento médico. Em outubro, Moraes já havia negado recursos da defesa de Bolsonaro, alegando “fundado receio de fuga” e descumprimento de medidas cautelares. 

Desdobramentos

A prisão preventiva abre caminho para que a execução da pena de 27 anos e 3 meses, imposta a Bolsonaro em setembro por tentativa de golpe de Estado, comece a ser efetivada. 

A ação legal — e a ordem de prisão — intensificam as tensões políticas no Brasil, com repercussões tanto entre apoiadores de Bolsonaro quanto nos setores que defendem o cumprimento das decisões judiciais.

Por redação/Pontal do Sertão

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